Goes contabilidade

O artigo abaixo fala um pouco sobre a importância do otimismo na vida empresarial e nos faz refletir um pouco.

  • Werner Kugelmeier

Hoje, a maioria dos profissionais oscila entre o medo da própria coragem e o otimismo não-sustentável, ou seja, existe um certo desnorteamento: somos pessimistas demais, vítimas da omissão, ou somos otimistas demais e nos tornamos vítimas da utopia. A saída deste impasse não é optar por um extremo. O equilíbrio é a melhor saída: achar o ponto exato do otimismo que leva a uma atitude vencedora. Otimismo sozinho não resolve, e pessimismo atrapalha.

Creio que este meio termo está no que chamo de autogestão do otimismo: o indivíduo assume a total responsabilidade pela gestão sobre si, sem a necessidade da interferência externa. Ser otimista é um estado de espírito, uma questão comportamental, um patrimônio seu. É preciso pilotar nosso empreendimento “Vida S/A”, aceitando que não existe vôo sem risco e nem empreendimento sem exposição a situações de risco.

Trata-se de algo que aprendi ao longo da vida. A minha mudança para o Brasil – sou natural da Alemanha – provocou fortes questionamentos por parte de familiares, parentes e amigos. A maioria me perguntava: “E se você perder seu emprego?”. Minha resposta era: “Essa alternativa não faz parte do meu projeto. Vou trabalhar para não acontecer isso!”.

Fiz viagens de negócios para lugares como África , Oriente Médio e América Latina. Sempre era questionado a respeito dos riscos de doenças, guerra na área do Golfo e guerrilha na Colômbia e em El Salvador.

Meu argumento?

Não existe negócio sem risco!

No entanto, há uma distância grande entre acreditar e realizar. Para encurtá-la, é preciso utilizar nosso potencial individual. Sob este aspecto, ser otimista faz toda a diferença: diversão e alegria são ingredientes básicos para superar limites. É preciso expandir internamente, oxigenar a mente com conhecimentos novos e se autopropulsionar por meio de projetos novos. Cair e levantar faz parte do jogo. Corrigir o passado e comandar o futuro: é esta a polaridade do sucesso.

Alegria de viver e higiene mental, aliadas ao tripé do pragmatismo – entusiasmo, coragem e força de vontade – perfazem a arte de viver. Faz parte desta caminhada uma dose de superestimação do próprio potencial, caso contrário, não se sai da zona de conforto. A zona de desconforto – o estresse positivo – leva ao teste da auto-superação: quebrar a barreira dos nossos limites, a barreira entre aquilo que você é e aquilo que o sucesso é capaz de agregar para o seu bem-estar.

O indivíduo torna-se acionista do seu empreendimento “Vida S/A”, que zela pelo bom desempenho das ações da empresa “Eu”. Em outras palavras, ele manifesta a vontade de (sobre)viver, se transformando, assim, num solucionador profissional de problemas. Quando falo sobre a ditadura do otimismo, me refiro a várias situações comuns hoje em dia: um modismo que prega a idéia de que basta querer; as palestras mirabolantes sobre “Saiba o que você quer”, que deixam o participante com a pergunta “E agora, como fazer?”; os exageros do tipo “Toda galinha pode virar uma águia”.

O empreendedor é otimista, mas não quer – e nem pode – ser iludido. Ele acredita nas possibilidades que a vida e o mundo oferecem e trabalha para transformar sonhos e idéias em soluções e resultados. Quando somos otimistas, o risco ganha forma de desafio, desejo, destino, o “dia D” em que se pode abraçar a oportunidade de testar e superar limites.

O processo do sucesso é: pense no seu objetivo e sonhe com ele durante o dia e durante a noite. Preserve o entusiasmo, formule metas, aja rapidamente, zele pela credibilidade e nunca desista. O vencedor luta sempre!

O otimismo torna a pessoa mais empregável pois, desenvolvendo a autogestão do otimismo, a pessoa evidencia a paixão pelos 3 R’s:

  • Risco
  • Relações
    – Resultado

O profissional “empregável” é dotado do QEM – Quociente do Empreendedorismo:

  • Querer ousar na fixação de objetivos e metas
  • Envolver líderes e talentos
  • Mover montanhas por meio de negociação e aprendizado contínuo

A divisória entre o otimismo e o sonho é sutil: a pessoa que sonha mais é mais otimista. Basta lembrar de exemplos históricos de grandes realizadores: “Eu tive um sonho”, afirmou Martin Luther King. Walt Disney dizia: “Se você pode sonhar com algo, você pode realizar algo”. John F. Kennedy sonhou: “No final desta década (1960), o primeiro americano estará na lua” – e esteve!

Sonhe. Avance. Seja você, transformando seus sonhos em soluções, idéias em resultados. Quem sonha mais, assume mais riscos, realiza mais e vive mais. Pois como diz Paulo Coelho, “O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos”.

Tudo o que foi exposto acima é aplicável a empresas, partindo da premissa de que elas são seres vivos:

-> Empresas são como pessoas: são criadas e se mantêm graças a cuidados essenciais com a qualidade do ambiente onde estão inseridas e investimento na evolução das pessoas.

-> Empresas que quiserem se superar e se distingüir das demais devem se alimentar com hábitos que as preservem e buscar oxigenação que as leve a prosperar.

-> Empresas excelentes são aquelas que conseguem enxergar o futuro hoje, dar respostas diferenciadas e buscar novas vantagens competitivas, quebrando paradigmas.

-> Empresas de vanguarda tratam a mudança como algo inerente à natureza humana e, portanto, à natureza do negócio (percepção + propulsão = mudança).

Faça a escolha em qual perfil de empreendimento você quer jogar…

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