Uma pratica muito comum entre os profissionais da área de contabilidade é a compra e venda de carteira de clientes. O motivo que este fato acontece é geralmente por aposentadoria do profissional ou seleção de clientes quando o escritório não vence a demanda de serviços e decide vender os clientes que não lhe interessam mais. Porém este tipo de negócio não é como comprar uma mercadoria qualquer, tendo em vista que o novo contador (comprador) não tem como intervir na vontade e escolha do cliente, podendo perdê-lo após a compra. Nós do GOES CONTABILIDADE já fizemos e continuamos fazendo negociações como esta e decidimos dividir nossa experiência com os colegas que pretendem fazer esse tipo de negociação, lembrando que se você pretende vender seu escritório contábil converse antes com o GOES CONTABILIDADE que nós compramos seu clientes.
Tendo em vista que não existe legislação específica para este tipo de negócio alguns cuidados devem ser tomados por ambas as partes negociantes.
Quanto vale um cliente: O preço é muito relativo, varia muito de acordo com o perfil de cada cliente negociado, mas em geral é necessário tomar o cuidado de fazer uma relação do preço com a estabilidade do cliente no mercado, quanto mais tempo o cliente está no mercado maior o seu valor. De modo geral, empresas mais estáveis dão mais garantias de pagamento dos honorários, ou seja, não vão fechar as portas por qualquer obstáculo.
Forma de pagamento da carteira: Não é aconselhável comprar uma carteira de clientes de contabilidade a vista, mesmo que o desconto seja atrativo, pois o comprador não tem garantia nenhuma da fidelidade no recebimento dos clientes negociados. O sugerido é formar o preço de cada cliente e dividir em algumas vezes vinculando o pagamento das prestações com o recebimento dos honorários de cada cliente, desta forma o comprador evita comprar um cliente que não paga. O pagamento a prestação da carteira vinculado ao recebimento dos honorários é a melhor forma de garantir um negócio seguro e evitar prejuízos.
Visita ao cliente: É de fundamental importância a visita individual de cada cliente para a apresentação do novo contador e seus serviços. Estando o cliente de acordo já fica assinado o contrato. Para garantir mais segurança ao comprador sugere-se colocar no contrato de cada cliente uma clausula de fidelidade de um ano.
Valor de cada honorário: Considerando que cada escritório tem seus custos, é aconselhável que haja uma negociação do comprador da carteira com cada cliente do vendedor para estipular o valor que será cobrado pelos serviços contábeis. Se os honorários cobrados estivem na média de valor de mercado, na maioria das vezes o cliente contábil continua pagando o mesmo valor.
Escolha do comprador: A escolha bem feita do comprador é muito importante para o sucesso do negócio. Como não tem legislação específica para o caso é necessário tomar muito cuidado para quem a carteira será vendida, pois o comprador pode não pagar as prestações combinadas tendo em vista que já fechou o contrato com os clientes do vendedor e os mesmos aceitaram “por contra própria” mudar de contador. Outro cuidado na escolha do comprador é verificar se é uma empresa/pessoa integra e responsável, que prestará os serviços de maneira aceitável aos clientes, caso contrario o vendedor deixará uma má impressão aos seus antigos clientes por ter indicado um “contador ruim”, podendo gerar inadimplência das empresas por não cumprimento das obrigações pelo novo contador e o mesmo achar-se no direito de não pagar a prestação ao vendedor. Pra evitar dor de cabeça avalie a credibilidade do comprador.
Clausula no contrato: É importante constar no contrato das partes uma clausula específica impedindo o vendedor de prestar serviços para as empresas negociadas após a celebração do contrato.
Responsabilidade técnica: É aconselhável definir bem essa questão, principalmente com relação ao encerramento do balanço e declarações.
Relembrando que nós do GOES CONTABILIDADE temos interesse nesse tipo de negócio e caso você pretenda vender seu escritório contábil ficamos a disposição para negociarmos.
Fonte: RUI GOES
