Será que o Brasil é tão ruim como ouvimos frequentemente, ou é os brasileiros que não enxergam as oportunidades que o pais oferece? Será que não esta na hora de assumirmos nossos próprios fracassos e aprendermos com eles ao invés de jogar a culpa na sorte ou no governo. É claro que existem dificuldades, mas será que não podemos contorna-las?
O Artigo abaixo ajuda na reflexão.
Os americanos, altamente competitivos e obcecados por sucesso que são, têm uma expressão bastante interessante: “self-made man”, que pode ser traduzida (quase literalmente) para “homem que se fez sozinho”. O termo designa aquelas pessoas que “saíram do nada” para construir um grande legado, uma carreira de sucesso. Os americanos, por sinal, orgulham-se muito de seus “self-made men” e valorizam profundamente as conquistas desses homens e mulheres predestinados.
Esta edição do Jornal Carreira & Sucesso traz, na reportagem de Naísa Modesto, a sensacional história de um “self-made man” brasileiro. Ou melhor, vietnamita. Thai Q. Nghia entrou no Brasil como clandestino, em 1978, recolhido por um navio petroleiro, fugindo das condições adversas de sua terra natal. Sem falar uma palavra de português, sem conhecer uma pessoa sequer no País e sem um tostão no bolso, Nghia só tinha uma opção: “se fazer”. E ele se fez.
Obstinado, inteligente e apaixonado pela vida – como só as pessoas que viveram o risco iminente de perdê-la parecem ser -, Thai Q. Nghia passou todo tipo de privação e necessidade (fome, medo, solidão, frio…). Mas não desistiu da idéia de lutar e perseverar.
Pois ele usou suas primeiras economias para comprar um dicionário, que lhe permitisse aprender pouco que fosse do português. Ao adquirir habilidades básicas no idioma da nova terra, seguiu firme em sua trajetória rumo ao sucesso: foi trabalhar e estudar, tendo conquistado uma vaga na melhor universidade sul-americana, a USP. Quase que por um golpe do acaso, descobriu sua vocação para o comércio.
Hoje, após anos de trabalho e uma generosa dose de ousadia, Thai Q. Nghia é o proprietário de uma empresa que, muito mais do que bolsas ou sandálias, vende um conceito de vida: a Goóc, marca que está no vestuário dos jovens mais descolados do Brasil e de outros países.
Que a história envolvente de Thai Q. Nghia sirva de exemplo e inspiração a todos nós.