Comportamento adequado nos negócios é uma das ferramentas mais importantes para o sucesso. Temos que ser rigorosos na nossa autoanálise para que possamos melhorar sempre. Bons negócios começam com uma boa primeira impressão. Sem uma boa impressão dificilmente teremos abertura para assuntos mais específicos e aprofundados. O artigo abaixo traz um conteúdo interessante para análise.
Maria Aparecida Araújo*
Aqueles que desejam construir uma vida e uma carreira bem-sucedida devem buscar em tudo o cultivo do equilíbrio.
Quando falamos da etiqueta e do marketing pessoal como alavancas para o sucesso, estamos, sem sombra de dúvida, advogando pela necessidade de cultivarmos atitudes equilibradas em todos os momentos em que nos relacionamos com as outras pessoas.
Equilíbrio pressupõe autocontrole, bom senso e bom gosto. Escolhas corretas de comportamento e bastante calma e serenidade antes de agir, reagir, calar e falar.
Procurando ser equilibrado, você deve ir eliminando aos poucos os seus excessos, sem se esquecer das coisas que lhe fazem falta.
Se você é muito tímido, fechado e lacônico, abra-se mais para os contatos. Sorria mais, relaxe as rugas da testa, descontraia sua fisionomia, desenvolva um gestual mais descontraído, menos preocupado com o julgamento alheio.
Mas se você é daqueles excessivamente exuberantes, que falam muito alto, gesticulam de modo abusivo, procure desenvolver o hábito da contenção. Ela suavizará a sua figura, tornando-a mais agradável na convivência com os seus pares.
Procure modular sua voz, trazendo-a para um tom que não fira os ouvidos alheios. Seus gestos, mais comedidos, certamente irão inspirar mais confiança em sua competência.
A exuberância em excesso também prejudica a sua imagem pessoal. Nesse aspecto as mulheres erram mais que os homens. Muito enfeite, muita cor, muito estampado, muita bijuteria, muito perfume e muita maquiagem sobrecarregam o seu visual, tornando-o cansativo e deselegante.
Sempre que você terminar de se aprontar para sair, olhe-se no espelho e avalie se sua aparência está realmente equilibrada, sem nada faltando e sem nada sobrando. Não hesite em tirar o que lhe parecer supérfluo.
Outro excesso danoso à carreira é o que faz o indivíduo falar além da justa medida. São aqueles que não abrem espaço para que as outras pessoas falem. Interrompem a todo momento, contradizem as opiniões dos colegas, fazem fofocas nos corredores da empresa. Comentam sobre a roupa e sobre as atitudes dos outros, sem olhar para suas próprias deficiências.
Nas reuniões, nunca aceitam o consenso e falam sem parar, ainda que por meio de cochichos. Esses precisam urgentemente colar o equilíbrio na ponta de sua língua. Certamente ficarão livres de muitos aborrecimentos.
A curiosidade é outra coisa que precisa ser pilotada com muito critério. Quando bem conduzida leva ao aprendizado e ao desenvolvimento; é a curiosidade sadia. O bom curioso é aquele que sempre vai a busca de mais subsídios para resolver as questões que lhe são apresentadas. Nunca diz que não pode fazer determinada tarefa porque não sabe. É inquieto para buscar novas competências.
Já o curioso inconveniente é aquele que sempre está buscando uma maneira de se imiscuir na intimidade dos outros. Faz perguntas indiscretas, invade a privacidade daqueles que trabalham com ele e não conhece limites para seu comportamento desagradável. Uma boa dose de equilíbrio certamente resolveria grande parte de seus problemas.
Sempre frisamos que a gentileza deve estar presente em todos os nossos contatos pela vida afora; no entanto, o seu excesso é quase tão incômodo quanto a sua falta.
As pessoas que exageram na dose de cortesia só conseguem ficar muito chatas e deixam entrever pelas suas atitudes, quase forçadas , mais bajulação que boa educação.
Portanto, seja naturalmente elegante e cortês com as outras pessoas, sem carregar nas tintas.
Aprenda também a se controlar quando estiver com raiva. Excessos nessa hora podem causar danos irremediáveis que o farão arrepender-se amargamente, às vezes tarde demais. Em nosso cotidiano não faltam ocasiões e pessoas que nos deixam com muita raiva.
Mas quando o assunto é relacionamento humano, a abordagem preventiva, evitando os problemas antes que eles ocorram, será sempre melhor que a abordagem reativa: tentar consertá-los, depois de acontecidos. Ofensas são como pregos que você bate na madeira. Mesmo depois de retirados deixam lá os seus buracos.
Pessoas têm sentimentos e geralmente guardam ressentimentos. Assim, agindo com equilíbrio, respirando fundo antes de um ímpeto agressivo, você não correrá o risco de ferir suscetibilidades e fechar as portas atrás de si.
Evite a todo custo o excesso de posições dogmáticas. Não seja um defensor ferrenho de princípios religiosos ou filosóficos. Não tente impor seus juízos, crenças, escolhas e opiniões aos outros. Do contrário, você se tornará uma companhia aborrecida, e ninguém o irá querer por perto.
Seja equilibrado ao tentar dar conselhos. Geralmente eles não são muito bem-vindos. Se julgar que eles sejam necessários, faça isto com a devida sutileza. O mesmo equilíbrio deve ser mantido quando a conversa derivar para política ou futebol.
Do mesmo modo que você deve ser equilibrado quando estiver zangado, seja-o também nas manifestações de alegria. Em ocasiões festivas, eventos esportivos ou espetáculos de auditório, seu comedimento revelará sua educação mais esmerada.
Gritos, assobios e ofensas aos juízes, suas respectivas mães e à torcida adversária projetarão uma imagem extremamente deselegante. Seja alegre, vibrante e entusiasmado, mas sem cair no extremo oposto da impertinência.
Em qualquer circunstância do convívio, evite ser aquele que come, bebe, insiste, critica e permanece além da conta. Se você for “um bom garfo”, coma primeiro em casa, evitando os lamentáveis avanços nas mesas de seus amigos, conhecidos, clientes e parceiros.
Igualmente horrível é ter que ser levado embora das festas por alguém solidário com o seu porre, pra lá de desagradável. Tristes figuras são aqueles que se aproximam das pessoas para conversar, com a fala arrastada pelo excesso de bebida.
Não seja insistente com as pessoas, obrigando-as a aceitar mais um canapé, a permanecer além do tempo que estipularam ou a falar quando só querem participar da conversa como ouvintes. Igualmente maçante é aquela visita ou aquele convidado que não se manca e não se despede para ir embora, mesmo vendo que a festa já está no fim.
Exercite sua noção de “timming”.
Constrangimentos também causam aqueles que estão sempre criticando os outros, sem o devido controle. Ninguém gosta de ser criticado e só devemos fazer isso de forma reservada e usando de muito tato, para não humilhar ou ferir a auto-estima do nosso interlocutor.
Excessos nesse quesito denunciam claramente a baixa auto-estima do crítico compulsivo. Deve ser uma pessoa que não se gosta e assim se sente bem, rebaixando os outros.
Enumeramos aqui os excessos mais comuns cometidos pelas pessoas, no convívio social e profissional. Porém, eles não são os únicos. Estamos todos nesta escola da vida para aprender e evoluir. Cada um de nós saberá identificar seus pontos passíveis de melhoria e tratará de lutar para realizar esta tarefa.
Não seja também excessivamente rigoroso consigo mesmo. Todas as mudanças no ser humano acontecem do pouco para o muito. Valorize suas pequenas conquistas diárias. Cada milímetro de avanço em seu aprimoramento pessoal já será um grande passo.
Vire sua bússola e direcione-a para o caminho do equilíbrio. Esta é a estrada que o levará ao sucesso!